quinta-feira, 26 de maio de 2011

Do que não se pode evitar.




O corpo dele exerce uma espécie de magnetismo.Os olhos uma espécie de hipnose.  Me perco tentando me concentrar em algo que não seja esse sorriso. 
Ele se volta pra mim e todas as desculpas que inventei virão pó. Parte de mim pede pra se levantar e sair o quanto antes, mas outra parte devaneia e quer ficar, quer juntar as mãos com a dele, sorrir com ele e se perder naquele olhar.
Toda a racionalidade recém construída se derrete como gelo exposto ao sol. Tudo. Tudo perde o sentido quanto ele diz baixinho no meu ouvido que sentiu a minha falta. Quando ele me olha, quando ele me olha o chão foge dos meus pés e minha cabeça gira como num carrocel desenfreado.
Me esforço, me esforço até demais para me manter longe dele. Me esforço, mas tudo em vão. Um breve descuido e estou eu ali sentada a suspirar. A ver fragmentos dele em todos os lugares. A ouvir melodias conhecidas que nos agrada. E eu penso nele. Penso nele o tempo todo. Invento historias, planejo o futuro. Sorriu a me achar uma boba por pensar tanto assim em alguem. Mas não me importo. Já não me importo com mais nada. Já não me importo com os receios. Ignoro o  medo, o medo de dar tudo errado, o medo de amar demais. Nada disso tem a menor importância. Nada disso consegue me fazer recuar, me fazer ir pra longe dele. Nada disse se compara a  essa série de sensações que ele provoca em mim. E que eu não consigo ignorar. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Que lindo Elizabete. Lindo mesmo.
Juliana