quarta-feira, 29 de junho de 2011

No coração.







Trago no peito tantos sentimentos escondidos nesse coração que se alarga, comprime e ainda quer mais. Que se arrebenta em sentir. E que às vezes dói por conta disso, mas não se cansa. Não da pausas e nem pausas quer .
Dói sentir muito. Observar muito. Querer muito. Investigar muito.
Trago no peito todas as dores do mundo. As mazelas que meus olhos vêem. As dores palpáveis que encontro no caminho. Os pedaços de corações partidos , que tantas vezes se juntam aos meus e que em certas vezes ajudo a juntar.E que em tantas outras se misturam.
Trago no tempo toda a espera do mundo. Espera pelo amor, pela paz, por um mundo diferente por dias mais doces.
Trago dentro do peito todas as esperanças do mundo. Uma visão de que ainda há sim um jeito melhor de viver. Algo bom que sempre pode estar escondido em algum trecho do caminho. E que cedo ou tarde encontrarei.
Trago no peito tanta coisa que ainda desconheço. Nesse coração que só faz por sentir. Que toma para si todas as sensações e sentimentos possíveis .Que quer sempre muito. Que quer intensidade.E que se inquieta, descompassa, esfola e sangra por conta  disto.
Mas nada posso fazer . Sinto, deixo doer. Deixe sufocar. Deixo-o parar as vezes de alegria e quase arrebentar de amor. 
Alimento esse coração que só sabe sentir e sentir. E que não vê outro caminho a não ser esse.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

As vezes.






Às vezes tudo não passa de meras impossibilidades. 
Vislumbres bobos.
Fragmentos.
Pedaços  de uma historia inventada.
Uma série de pontos de interrogação que se anelam a uma gama de duvidas que já trazemos tatuadas na alma .
Às vezes tudo que se pensa é na dificuldade de acreditar.
Às vezes tudo é um grande cansaço, uma fadiga que sem se sabe de onde ou porque vem.
Uma série de conflitos internos que vão de encontro com outros conflitos.
Às vezes tudo é muito barroco, um misto do querer e poder que nem sempre andam lado a lado. Que quase sempre se esbarram.
Às vezes a vida é  um presente envolto de muros que erguemos para nos proteger da maldade, da tristeza. E de tantos sentimentos feios que existem.
Às vezes tudo é uma serie de tropeços. De atitudes precipitadas. De concessões de emergência.
Às vezes só nos resta isso, o talvez.
Às vezes tudo é assim.
Assim apenas.
E as vezes, cada uma dessas vezes nos levam a beira da loucura.
Mas ,ainda bem que é só  às vezes. 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Solidão.


Você acreditaria quando falo sobre essa solidão. Essa solidão que se sente e que nada pode preencher. Como uma orfandade calculada. Como um vazio que nasce para o vazio. Que nada preenche porque nada pode preencher. Como se o nada fosse a resposta. Nada . Nada resolve. Nada ameniza. Nada porque para o nada nasce.
Nada.
Uma solidão. Uma solidão egoísta.
Quase um apreço em sentir.
Uma solidão contraditória que remete uma paz que não se pode descrever, na mesma intensidade de uma loucura que busca algo que possa preencher.
A solidão.
Berço da paz que molda a poesia do silêncio.
A solidão de um parir de sentimentos que julgo quase sempre ignorar.
Esta solidão. Não de estar só. Não por querer estar ou ser só.
Solidão
Rota de fuga da alma atribulada de palavras, sonoridade, impaciência.
Um voltar para si.
Um abrigo
Um porto seguro.
Um caminho
Sinto-me só, mas nunca estive em tão boa companhia.
Loucura?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dia nos namorados.



Então é dia dos namorados. Para alguns uma data meramente comercial. Para outros a chance de reafirmar o amor a outro alguém.
Nada mais lindo do que celebrar o comprometimento. A junção de histórias ,almas e contextos que se não fosse pelo amor jamais se cruzariam nessa vida. A nobreza de confiar o coração a outro alguém. A individualidade em comunhão. Duas pessoas que não se anulam e buscam uma terceira via para trilhar juntos. Que se prendem livremente e vivem livres por se prenderem.
E isso sim é razão para comemorar. Todos os dias. Não em datas especificas. Celebre seu amor e faça com que esse amor perdure nos seus gestos, nos seus atos e na suas palavras. Que esse amor gere vários outros amores. Pois é para isso que o amor nos leva, a amar cada vez mais.
E que todos os relacionamentos sejam pautados no respeito pelo outro. Na busca pelo crescimento , sonhos e desejos do outro.
Já disse sabiamente Tom Jobim. Fundamental é o amor. Celebrar o amor. O combustível que move nossos dias. Que da vivacidade ao nosso tempo.
Em tempos em que tudo é tão passageiro, o amor é atemporal. E nos faz  bregas, loucos e valentes. Impulsiona-nos a ser verdadeiros e espontâneos. Leva-nos a caminhos desconhecidos. Permite enxergar belezas ocultas dentro e fora de nos, até então despercebidas. È essa é a mágica.

Feliz dia dos namorados para os enamorados.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Felicidade.




Você pode deixar para cortar o cabelo amanhã, ir as compras amanhã. E uma diversidade de coisas para fazer amanhã. 
O que não pode é deixar a possibilidade de dias felizes para amanhã. Ir em busca do que é preciso para ser feliz semana que vem. Ser feliz é urgente. Não se pode deixar os dias irem passando de forma apagada, matando os minutos como tanta vida a nossa espera. Não se deve permitir que os medos sabotem nossa alegria, nossa fé e nossa esperança. È preciso dar cor e molde aos nossos dias. A sua cor. O seu molde. O seu jeito de ser feliz.
Apesar de todos os pesares. Se sentir feliz apesar dos descompassos. Apesar de todo o pessimismo que bate a nossa porta. Apesar das escolhas erradas e dos caminhos trôpegos. Feliz com as nossas imperfeições, com as nossas qualidades e com as nossas neuroses.
Ser feliz no processo de ser feliz. Na busca do seu caminho. Feliz com a vida que optou em viver.
Pois cada parte desse todo nos encaminha para o rumo certo.
A nossa felicidade. 


sábado, 4 de junho de 2011

Paz




Quando o vejo o  mundo volta ao seu devido lugar.
Ele segura a minha mão e todo caos se dissipa.
Meu coração se alegra.
E tudo fica bem. 
Fica em paz.
Tudo fica em paz