terça-feira, 29 de março de 2011

We.




Tenho por ele um afeto que muitas vezes não consigo descrever. È amor, cumplicidade ,paciência e espera.
A gente se entende. As vezes por telepatia. As vezes por olhares.
Com ele aprendi que amizades , grandes amizades, sobrevivem de grandes distâncias. Aprendi a ser uma pessoa melhor. A ter uma visão ampliada de tantas coisas.
Ele é poesia. È noites regadas a vinhos e palavras soltas. È tudo que há de mais sério, e tudo que não há.
È companhia mesmo distante.
Com ele aprendi que o silêncio também é comunhão.
Aprendi que parceria nem sempre se faz presente. Aprendi que meus pequenos gestos tem grandes efeitos. Aprendi o poder que as palavras tem de libertar.
Aprendi que nem sempre as pessoas querem grandes respostas, elas querem apenas serem ouvidas.
Hoje já não consigo descrever a minha vida sem pensar, citar ou recordar dele. Já não posso descrever um futuro feliz sem saber que ele estará la. Já não tenho um presente tranquilo sem saber dele. Não por necessidade, possessão ou algo do genero, é apenas amor.
E um amor puro, concreto e desprendido. Um amor que quer bem, que deseja que as coisas dêem certo. Amor que quer roubar as frases do Caio Abreu e desejar que os dias sejam doces e repetir sete vezes para dar sorte. Que quer ajudar a pegar as pedras do caminho e construir um castelo como já disse Fernando Pessoa. È permitir que ele exista como ele é, como já disse Adélia Prado. È emprestar poesia quando a poesia do cotidiano não cabe em palavras.
È um amor que não limita. Que não cobra. Que não retrai.
E é assim, com os versos aleatórios que escrevo, numa sequência de palavras que ainda não dizem tudo, com meu desejo de mudar o mundo, com a vontade dele de mudar os dias. Com as nossas poucas palavras. Com as nossas inúmeras afinidades. Com tudo isso ,e com tudo aquilo que não cabe  em palavras ou explicações, é sentir apenas. Só sentir.








sexta-feira, 25 de março de 2011

Que seja doce!

"[...]Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se não fosse nada."

segunda-feira, 21 de março de 2011

Simplicidade.


Tenho notado que o  segredo dos bons relacionamentos é a simplicidade. Nada além.
È assim, com simplicidade que é possível conhecer verdadeiramente alguém. As vezes, por uma série de razões queremos ser para os outros algo que não somos. Desenhamos uma fachada mais atraente. Mesmo sabendo que isso não durará muito tempo. Elaboramos uma vida que não vivemos. Talvez por medo de rejeição, por falta de aceitação ou por tantas outras razões.
Mas no fim a gente nota , que quem permaneceu, foram aquelas pessoas que conheceram o que há atrás da fachada que desenhamos. Aquelas pessoas que se permitiram demorar um pouco mais para conhecer a nossa vida.
E ,é exatamente isso que marca, o simples gesto de esperar.
Do gestos simples a gente nunca se esquece. Daquele abraço. De um sorriso. De um olhar de incentivo, de compreensão ou até de repreensão. Mas gestos assim que marcam.
Leveza e simplicidade. Que possamos ser mais leves, mais simples e mais honestos. E com tudo isso, mais felizes.  

sexta-feira, 18 de março de 2011




[...]Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar. Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil... mas choro também."