quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ajustes.


Viver não passa de uma sucessão de ajustes. Tenho repetido muito isso. 
Talvez por neste momento me propor a isso.
Após alguns erros , precipitações e frustrações. 
Com nosso modo estranho de sentir, sofrer e amar errado.
Com tanta inquietude e insatisfação que carregamos no Dna. Com tantos  descompassos.
Só nos ajustando é possível sobreviver. Isso não quer dizer engolir todos os disparates com um sorriso no rosto, mas sim entender as causas e tentar se adaptar a realidade. Claro, não é fácil, não mesmo, mas sem esforço corremos o risco de nos deixar sucumbir pelas malezas que todos os dias nos atingem. E dar um toque mexicano demais a realidade. 
É preciso ser honesto com as nossas dores, com as nossas limitações. Com aquilo que posso-quero-tenho que, em suma, não caminha lado a lado e nem no compasso da nossa vontade.
Com alguns ajustes é possível levar a vida sem grandes sustos. Sem remoer tanto o passado. Sem muitas lamurias. Sem dores inúteis. 
Vivo essa fase de ajustes, lidando aos poucos com o meu caos, adaptando-me a realidades que, por conta própria e se possível gostaria de ignorar. Lutando contra todo o pessimismo e todas as palavras desnecessárias. Me ajustando. Me deixando florir. Não tem sido fácil confesso, as vezes caio na tentação de deixar-me levar por tudo que dói e ver onde dá. Mas é passageiro. Me poupo mais, falo menos, vejo mais, escuto mais e me cuido mais. Me ajusto a tudo, para não me perder de mim. 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

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"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela" 

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sobre recomeçar.



Talvez o tempo cure, talvez passe ou não.
Talvez seja verdade. Talvez mais um engano.
Talvez seja ilusão ou perda  de tempo.
Talvez seja tudo isso, ou nada haver com tudo isso.
Mas o que quer que seja nesse momento não pode continuar.
Nasce a certeza da necessidade de mudar o curso dessa história.
Dói , incomoda  e é desconfortável? Sim.
Mas viver nesse torpor é ir contra tudo, que jurei jamais ser .
È dar ao outro um poder que ele não tem. De roubar a  paz,os pensamentos e de  preencher de amargura o coração.
E não há mal maior quando a gente permite os outros roubem aquilo que há de verdadeiro em nós. A essência que somos.
E isso não se pode permitir.
Não posso mudar o rumo dos acontecimentos.
Mas posso mudar o modo de lidar com eles. Posso regular a intensidade que eles atingem.
Posso tentar?  Preciso acreditar que sim!
Só é necessário acreditar!
Pode tudo isso se dar. Mas pago a conta de todos os riscos, respiro fundo. Viro a página.
Recomeço.
Mesmo sem saber recomeçar.