sábado, 15 de outubro de 2011

Parte.


Parte
Reparte-me em tantas que desconheço saber.
Me comprime e expulsa.
Partiu.
Desintegra-me em pequenas partes.
Minúsculas partes.
Que gemem como em dores de parto.
Parto.
Em meio a escuridão dou a luz a emoções desconhecidas.
Que entrelinhas de lágrimas e sangue nascem.
Engatinham, reviram a casa. Pintam as paredes.
Crescem, criam seu caos.
Roubam o sono.
Desobedecem.
Desafiam.
Tornam-se independentes. 
Partem.
Silêncio.
Silencio.
Esvaziam a casa.
Devolvem o controle.
Devolvem o coração.
Devolvem a paz.
Emoções são assim, revelam, inquietam.
Fazem brotar nos olhos gotas salgadas.
Choro o meu mar . 
Como a imensidão do mar.
Como a imensidão de ecoa.
Como a saudade.
Imensa, salgada e perturbadora do mar.
Imenso como tudo que sinto.
E que não posso evitar.

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