terça-feira, 26 de julho de 2011

Rascunhos e saudades.



Há dias
rascunho papéis,
arrisco
uma certa poesia.

Há tempos respiro fundo
e tento encontrar algum resquício de coragem
dentro do meu coração.

Há dias fujo de olhar frente a frente ao espelho,
na vã tentativa de ignorar
aquilo que já é impossível
ignorar.

Desvaneio.
Desvio o pensamento.
Me ocupo de pequenas coisas.
Mas um leve descuido e...
Um suspiro... e...
Uma noite silenciosa.
Um silencio.

Um silêncio que me acompanha
e que grita pela sua presença
e me atinge em cheio essa saudade
que carrego na alma. Como uma código genético.
Como uma herança.
Algo que sempre esteve ali, ou é apenas sensação?

Procuro entre as lembranças algo que desvie o foco.
Preencho os dias na tentativa de mudar o rumo da história.
E vem o medo.

O medo de me conduzir ao caminho errado.
O medo de tentar e acabar caindo na decepção.
O medo de dar certo, e tantos outros medos
Que roubam a paz, inquietam e perturbam.

E fico aqui, nessa manhã fria e chuvosa,
a rabiscar.
A traçar fragmentos
de uma história inacabada.
A desejar por um final, nem precisa ser feliz.
Mas o fim desse ciclo.
Na espera de outro.
Com ou sem você.

Um comentário:

Regi disse...

Nossa flor, sua sensibilidade é fascinante! torço incansalvemente para que passe logo e inicie o melhor ciclo de sua vida!