quinta-feira, 16 de junho de 2011

Solidão.


Você acreditaria quando falo sobre essa solidão. Essa solidão que se sente e que nada pode preencher. Como uma orfandade calculada. Como um vazio que nasce para o vazio. Que nada preenche porque nada pode preencher. Como se o nada fosse a resposta. Nada . Nada resolve. Nada ameniza. Nada porque para o nada nasce.
Nada.
Uma solidão. Uma solidão egoísta.
Quase um apreço em sentir.
Uma solidão contraditória que remete uma paz que não se pode descrever, na mesma intensidade de uma loucura que busca algo que possa preencher.
A solidão.
Berço da paz que molda a poesia do silêncio.
A solidão de um parir de sentimentos que julgo quase sempre ignorar.
Esta solidão. Não de estar só. Não por querer estar ou ser só.
Solidão
Rota de fuga da alma atribulada de palavras, sonoridade, impaciência.
Um voltar para si.
Um abrigo
Um porto seguro.
Um caminho
Sinto-me só, mas nunca estive em tão boa companhia.
Loucura?

Um comentário:

Rafael disse...

Flor, a cada dia que passa eu me surpreendo com esse turbilhão de sentimentos que você expressa em palavras.
Você é incrível. Como faz isso?

Te amo, bem grande!!!